Sobre a poesia na física: Dia Azul

Dia Azul

Em uma estrada longa,
muitas pessoas.
Em cada uma um universo.

Uma infinidade de universos.

Multiverso.

São universos paralelos,
pertinhos, com suas próprias leis naturais.
Em tempo de se colidirem.
De um cair no outro.

Aquela moça ali,
de camiseta branca e calça jeans.
Em que universo ela está?
Em que universo estou?
Vi que o meu caiu no dela,
mas o que será que ela achou?

Eu aqui brincando no universo deles.
E eles? Nem ai.

A música do cara da poesia ao lado deixa 
meu universo inundado de estrelas.
Colisões entre galáxias faz-me chorar.
Dia azul, sem nuvem, também.

Matheus Matos